quarta-feira, 30 de março de 2011

JOSÉ DE ALENCAR E JOSÉ ALENCAR

José de Alencar, na obra prima O Guarani, deslizava suavemente sua pena sobre o papel, descortinando o nosso maravilhoso Brasil, até então, desconhecido. Sobre Iracema, Machado de Assis, escreveu: Tal é o livro do Sr. José de Alencar, fruto do estudo e da meditação, escrito com sentimento e consciência… Há de viver este livro, tem em si as forças que resistem ao tempo, e dão plena fiança do futuro… Espera-se dele outros poemas em prosa. Poema lhe chamamos a este, sem curar de saber se é antes uma lenda, se um romance: o futuro chamar-lhe-á obra-prima”[1].

Machado de Assis estava certo – era um mago. As gerações sucedem-se e José de Alencar permanecerá eterno nas lições escolares.

José Alencar, um homem à frente do seu tempo. Simples, íntegro, autêntico e sincero. Um guerreiro e um líder que pensava no país. Ele possuía todas as virtudes do verdadeiro homem, sendo a que mais se sobressaía nele era a lealdade. Os fatos comprovaram claramente essa qualidade.

A sua simplicidade foi demonstrada inúmeras vezes: “Aprendi com Lula que os discursos devem ser como um vestido de mulher: nem tão curtos que possam escandalizar, nem tão longos que possam entristecer”. Ontem, no programa Roda Vida da TV Cultura (reprise), sob o comando do competente Sr. Heródoto Barbeiro, embebedei-me nas palavras de José de Alencar. Quanta inteligência e sabedoria. Na sua simplicidade ele, no velho estilo mineiro, disse:
“Eu sou da Zona da Mata; lá é só montanha e não consegue-se visualizar o que está do outro lado. Como posso julgar algo que não vejo.  (adaptado)

Não sou Machado de Assis, mas afirmo que José Alencar é um desses homens que só nascem a cada século.
Que as luzes do Pai Eterno jorrem eternamente sobre o seu espírito.
Prof. Jaci 30/04/2010.



[1] Fonte: HTTP://www.vidaslusofonas.pt/jose_alencar.htm

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