quinta-feira, 28 de abril de 2011

A TECNOLOGIA TEM LIMITES?

Recorro ao discurso do Prof. Afonso Celso Soares, paraninfo da 5ª turma do curso de Sistemas da Informação do Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação - FAI, para refletir com vocês, em síntese, a evolução da computação, desde a criação do primeiro computador digital de grande porte, o ENIAC, até os dias atuais. Atentem para as palavras do Prof. Afonso Celso:
[...]. Vocês escolheram um curso relacionado à computação, e todos nós sabemos a grande evolução que os computadores sofreram e vêm sofrendo desde a sua concepção a mais ou menos 60 anos. Desde o primeiro computador digital de grande porte, o ENIAC, lançado comercialmente em 1946, pesava 30 toneladas, ocupando 180m2. Possuía 18.000 válvulas, memória com menos de 100 posições e podia realizar 5.000 operações de adição em apenas 1s. Nossa! Como era rápido. Passados esses 60 anos de existência, os computadores pessoais, rodando com o processador Intel da família i7, pesam pouco menos de 2 quilogramas, cabendo praticamente em qualquer lugar, uma redução de ½ tonelada por ano. Possuem 731 milhões de transistores[1], um aumento aproximado de 12 milhões por ano, 6 bilhões de posições de memória, um aumento de 100 milhões por ano, e podem executar 150 bilhões de operações de soma por segundo[2], correspondendo a um aumento no desempenho de 3 bilhões a cada ano. Em apenas um piscar de olhos, o computador já executou 15 bilhões de operações de soma. Fantastico! Parece que em termos de tecnologia, não existem mesmo limites. E isto tudo sem contar que estamos vivendo em um mundo cada vez mais conectado, via desktops, notebooks, netbooks, celulares, smartphones, ipods, ipads e vários outros, e daqui a pouco todas as casas e automóveis também estarão conectados. Realmente é uma grande revolução da informação que vem ocorrendo sem percebermos, provocando um impacto muito maior do que o da impressa de Johannes Gutenberg, que em 1.455 publicou a primeira bíblia impressa, e maior ainda do que a expansão da revolução industrial em todo o mundo a partir do século XIX. Hoje em dia, tudo é conexão, tudo é informação. Mas de que lhes importa tudo isto? Ora, nenhum desses equipamentos funciona apenas com o hardware. O software é a parte complementar, a mais desafiadora e a que mais cresce em demanda, além do fato de que todo este software será desenvolvido dentro de um contexto da engenharia de software e da gerência de projetos. Será que é necessário dizer algo mais? Será que é necessário exaltar ainda mais a importância do curso que fizeram? [...].

Amigos e amigas, durante 10.000 mil anos, o homem viveu a era do “capim” e o seu poder de locomoção era de 30 km/h (o cavalo) – foi a Revolução Agrícola. No século XIX, o advento das grandes invenções promoveu uma abrupta mudança nas estruturas sociais, por intermédio da Revolução Industrial – era o mecanicismo. No século XX, o ENIAC, por assim dizer, foi o precursor de uma nova ruptura nas estruturas sociais e organizacionais, e a Revolução Industrial cede espaço para Revolução da Informação. Qual será a próxima ruptura? Imaginem que estamos no início da segunda década do século XXI. Amigas e amigos, o avanço tecnológico terá limites?

Nesse limiar, agradeço ao Prof. Afonso Celso Soares pela cessão do seu discurso. Palavras singelas que impactam nossos íntimos, mas que se encaixam perfeitamente na nova revolução - a Revolução do Conhecimento.


Prof. Jaci Alvarenga










[1] http://www.tweaktown.com/reviews/3177/intel_core_i7_980x_32nm_lga_1366_six_core_cpu/index3.html
http://www.intel.com/technology/timeline.pdf?wapkw=%28transistors%29

[2] http://www.tomshardware.com/reviews/core-i7-990x-extreme-edition-gulftown,2874-6.html

terça-feira, 12 de abril de 2011

TRABALHO EM EQUIPE - EFICÁCIA

A LEOA E A RAPOSA[1]

A leoa tinha acabada de dar à luz um lindo filhote, pequeno, porém robusto, e o lambia com carinho quando a raposa veio visitá-la.
- Ué, mas você tem apenas um filhote por vez? Onde está a grandiosidade dos animais reis da floresta? Nós, raposas, temos pelo menos onze filhotes por ninhada – comentou com ar de desdém.
A nova mamãe respondeu:
- Pois é! Nós, leoas, temos apenas um filhote por vez, mas eles são leões.

MORAL DA HISTÓRIA

            Numa tentativa de mostrar serviço ou simplesmente por ansiedade em terminar suas tarefas o mais rápido possível, alguns funcionários preferem fazer várias atividades ao mesmo tempo a se concentrarem em apenas uma. Hoje em dia, é comum que o mesmo profissional tenha de acumular diversas funções. Entretanto, muitas vezes a excelência está na qualidade, e não na quantidade. Por isso, é preferível terminar um projeto ou relatório com calma, atenção e qualidade – e dentro de um prazo razoável, é claro -, em vez de correr com tudo e entregar várias tarefas que não são executadas da melhor maneira.

Prof. Jaci Alvarenga




[1] Fonte: Range, A. (2006, p. 125) Fábulas de Esopo para Executivos. São Paulo: Ed. Original.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A VIDA DE TAYLOR

Paul Gerencer no prefácio do livro Princípios de Administração Científica de Taylor[1] discorre uma interessante passagem da vida de Frederick Taylor. Segundo Gerencer, certo dia, Taylor aproximou-se de William Sellers, engenheiro de grande fama, para queixar-se de certo encarregado de mau gênio que o havia tratado mal. Contou-lhe suas mágoas com riqueza de detalhes. Depois de ouvi-lo atentamente, o engenheiro respondeu:
- Sabes que, contando-me isto, dás-me a impressão de que ainda tens muito a apreender? Antes de chegares à minha idade, perceberás que te toca engolir muitas asneiras. Continuarás a enguli-las, até que fiques realmente saturado.

O jovem Taylor tomou essa resposta muito a sério e decidiu não debilitar seu caráter com queixas e mau humor. Quando foi promovido a chefe de seção, a galeria subterrânea por onde se escoavam os detritos da fábrica se entupiu. O esgoto estava a uma profundidade de sete metros e meio e corria por debaixo da fábrica. Taylor enviou um grupo de trabalhadores para limpar o esgoto. Este grupo pôs-se a trabalhar com algumas varas, emendadas umas às outras, não conseguindo, porém, os trabalhadores resultado positivo algum. Disseram eles que era necessário abrir uma vala e pôr o encanamento a descoberto. Isto paralisaria o serviço da fábrica pelo espaço de vários dias, de modo que Taylor decidiu limpar, ele mesmo, o esgoto. Tirando a roupa, amarrou sapatos nos cotovelos e joelhos para proteger-se e meteu-se no cano de esgoto.

Várias vezes teve que levantar o nariz para o alto da curva da manilha para não se afogar. Engatinhando, avançou na escuridão, mais ou menos cem metros. Encontrando a causa da obstrução removeu-a e retrocedeu pelo tubo cheio de lodo. Saiu coberto de sujeira, mas vitorioso. Seus companheiros de trabalho riram-se dele, mas o presidente da companhia interessou-se pelo caso e o relatou ao conselho administrativo. Taylor tinha economizado para a companhia milhares de dólares e conseguiu, assim um novo sucesso.


Volto no tempo; recordo-me os primeiros passos na minha carreira profissional. Bons tempos! Recebíamos aumento e promoção, por meio de uma carta (memoradum), cujo conteúdo provocava uma imensa alegria. Quantas saudades do Sr. Manoel Maximino Macedo Martins - carinhosamente chamado de 4M - e do Sr. Manoel Vaz Madeira. Grandes mestres, obrigado pelos sábios conselhos!



Prof. Jaci Alvarenga



[1] Taylor, Frederick, W.: Princípios de Administração Científica. Vida e Obra de Taylor à Guisa de Prefácio. São Paulo. Atlas, 1970, 7ª Ed. p-13  

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Você sabia que Frederick Winslow Taylor (1856-1915), americano de família enriquecida pelo comércio com a Índia, criador da Administração Científica, interrompeu bruscamente seus estudos em Harvard e começou a trabalhar como aprendiz em uma fábrica de amigos da família. Quatro anos depois ingressou na Midvale Steel Co., também de propriedade de conhecidos, desenvolvendo a carreira de mecânico enquanto estudava engenharia. Quando deixou a Midvale se tornou o primeiro engenheiro a desenvolver consultoria de empresas de forma independente[1].

Segundo os autores (ver nota de rodapé), Taylor era obcecado por regras desde criança, já adulto o rigor de Taylor era tal, que a cada baile chegava a fazer uma lista das moças atraentes e outra das moças não atraentes, de forma a poder repartir seu tempo entre elas, igualitariamente![2]

Taylor deixou um brilhante legado; nos dias de hoje, deparamos com críticas sobre o seu trabalho. Todavia, hoje, os conceitos de Taylor, aprimorados pela tecnologia, estão presentes no mundo fabril. Na próxima postagem, contarei uma passagem curiosa sobre Taylor no início da sua carreira.

Prof. Jaci Alvarenga



[1] AKTOUF, Omar. Le Managmennt entre Tradition et Renouvellement. Canadá, Boucherville: Gaëtan Morin, 1989: Citado por Ademir Antônio Ferreira, Ana Carla Fonseca Reis, Maria Isabel Pereira. Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias. São Paulo. Pioneira, 1997. p. 15
[2] KAKAR, Sudhir. Frederick Taylor: A Study in Personality and Innovation. Cambridge. Massachusetts: MIT Press, 1970. Citado por Ademir Antônio Ferreira, Ana Carla Fonseca Reis, Maria Isabel Pereira. Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias. São Paulo. Pioneira, 1997. p. 15

sábado, 2 de abril de 2011

VALE INDEPENDENTE

As águas de março caem em dezembro e preocupa-nos em janeiro; assim, todo ano, milhares de brasileiros, sobretudo, os moradores das regiões ribeirinhas, preocupam-se com as enchentes. No início do ano, em Montevidéu, preocupado com as chuvas, buscava informações sobre a nossa cidade. Qual era a maneira mais fácil para obter a informação?

A resposta está no título – um veículo que digita a notícia em tempo real.

Acessem o Vale Independente e fiquem por dentro das notícias de Santa Rita do Sapucaí.


Prof. Jaci Alvarenga