quinta-feira, 26 de maio de 2011

MUDE A ESTRATÉGIA

Durante uma das minhas palestras, fui brindado com este texto. Foi há muito tempo, mas faz pensar:

A história é muito antiga, mas não menos curiosa. Algumas tribos africanas utilizam um engenhoso método para capturar macacos. Como estes são muito espertos e vivem saltando nos galhos mais altos das árvores, os nativos desenvolveram o seguinte sistema:

1) Pegam uma cumbuca de boca estreita e colocam dentro dela uma banana.

2) Em seguida, amarram-na ao tronco de uma árvore freqüentada por macacos, afastam-se e esperam.

3) Após isso, um macaco curioso desce, olha dentro da cumbuca e vê a banana.

4) Enfia sua mão, apanha a fruta, mas como a boca do recipiente é muito estreita, ele não consegue retirar a banana.

Surge um dilema: se largar a banana, sua mão sai e ele pode ir embora livremente, caso contrário, continua preso na armadilha. Depois de um tempo, os nativos voltam e, tranqüilamente, capturam os macacos que teimosamente se recusam a largar as bananas. O final é meio trágico, pois os macacos são capturados para servirem de alimento.

Você deve estar achando inacreditável o grau de estupidez dos macacos, não é? Afinal, basta largar a banana e ficar livre do destino de ir para a panela. Fácil demais. O detalhe deve estar na importância exagerada que o macaco atribui à banana. Ela já está ali, na sua mão. Parece ser uma insanidade largá-la.

Essa história é engraçada, porque muitas vezes fazemos exatamente como os macacos. Você nunca conheceu alguém que está totalmente insatisfeito com o emprego, mas insiste em permanecer mesmo sabendo que pode estar cultivando um infarto? Ou alguém que trabalha e não está satisfeito com o que faz, e ainda assim faz apenas pelo dinheiro? Ou casais com relacionamentos completamente deteriorados que permanecem sofrendo, sem amor e compreensão?

Ou pessoas infelizes por causa de decisões antigas, que adiam um novo caminho que poderia trazer de volta a alegria de viver? A vida é preciosa demais para trocarmos por uma banana que, apesar de estar na nossa mão, pode levar-nos direto à panela.

É hora de mudar e pensar de uma maneira diferente. Se você não está obtendo o que você quer, mude a estratégia...

Prof. Jaci Alvarenga

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Competição Mundial de Estratégia e Gestão

Um evento muito legal. Acessem o link abaixo:




Vencedor Nacional: R$ 5 mil

Vencedor Mundial: 5 mil euros.


Prof. Jaci Alvarenga

NOS TEMPOS DE TAYLOR NOS DIAS ATUAIS – Parte II

(Continuação)

O calor era infernal. Um cheiro acre exalava no ambiente. Parece que um idiota não agüentou segurar e soltou um “míssil” de curto alcance dentro daquele ambiente.

-          Tu engoliu urubu – exclamou um anônimo. A risada foi geral.
-          Que falta de educação! – falou uma velhinha.
-          Ô galera, abram os vidros! – gritou outro.

Após uns quarenta minutos de viagem, lá na frente, começou uma discussão. Parece que um sabichão encostou-se ao traseiro de uma morena – foi o suficiente para que o caldo fervesse.

-          Seu safado. Vai burilar aquela que te fez nascer!
-          Que é isto moça! Tá me confundindo! Tô quieto aqui e você vem me acusar.

Severino, espremido que nem laranja de bar, não ousava desviar o olhar para o casal. Puxou a corda da campainha e foi se deslocando dentro daquela lata de sardinhas. Após cheirar várias axilas e pisar em três pés, conseguiu chegar à porta de saída. Ao descer sua cabeça girava e ainda tinha mais duas conduções para chegar em casa.
Enfim, lá pelas nove horas da noite, Severino estava no botequim, próximo do seu barraco. Dirigiu-se ao balcão e o Zé da Barraca já foi abrindo uma cerveja bem gelada.

-          Severo, vai um torresminho?
-          Claro!

Um Severino taciturno saboreou a cerveja e o aperitivo com o tira-gosto.

-          Ô Zé, põe na conta do mês. Boa noite a todos.

Severino saiu caminhando, lentamente, pela rua sem calçamento. A capanga debaixo do braço parecia uma arma pronta para ser sacada, ao menor sinal de perigo. Na sua casa, deparou com a esposa sentada na surrada poltrona e olhos grudados na novela. Foi até ela, deu-lhe um beijo na face.

-          Tudo bem?
-          Tudo. Respondeu ela.

Recostou-se no sofá ao lado de dona Zelinda e ficou descansando daquela odisséia rodoviária. No primeiro intervalo comercial, a esposa puxou uma conversa.

-          Amor! Chegou uma carta de cobrança da loja de móveis. O seu nome vai para o SPC, se não pagar as prestações em atraso.
-          O que mais?
-          O Português veio cobrar o aluguel. Ele estava uma fera e disse que vai nos despejar.
-          Deixa o portuga para lá. E os meninos?
-          Foram para a escola. Pelo menos eles serão a nossa salvação. Se conseguirem formar neste curso técnico, poderão conseguir um bom emprego e, assim, ajudar na manutenção da casa. Depois, eles têm que se virar porque nós não agüentamos pagar mais estudos para eles.
-          O meu coração dói de tristeza, só de saber que os meninos sonham em fazer uma faculdade – complementou dona Zelinda.
-          Que o Padinho Ciço e o Senhor do Bonfim nos ilumine, mulher. A coisa está feia. Não sei como vou fazer para pagar estas contas. O meu salário mínimo e os cinqüenta que você consegue como diarista, não dá para sobreviver.
-          Você tem razão. A conta de luz deste mês foi um absurdo. Só o aluguel e a comida consomem o seu salário.
-          Tive pensando. Vou mandar fazer um “gato” na luz. Dizem que tem um sujeito lá no morro que sabe fazer o negócio.

Severino levantou-se e foi tomar um banho. Debaixo da água, ele sonhava com uma casa maior. O barraco era de alvenaria bruta, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro, espremidos em trinta metros quadrados. Sua família merecia algo melhor.

Bateu uma vontade de chorar. As lágrimas teimavam em não sair. Eram lágrimas contidas das dores da vida dura, de um nordestino que lutara contra a seca e a carestia. Tinha vindo para o Rio de Janeiro à busca do tão decantado eldorado, que todo mundo falava lá no norte. Mal sabia ler e escrever. Como sonhar com dias melhores?

Severino foi dormir e em minutos estava roncando. Naquela noite ele teve um sonho. Sonhou que a seca nordestina tinha desaparecido para sempre. O governo brasileiro havia investido na tal da tecnologia e resolveu o problema que atormentava o sertanejo. Sonhou que estava voltando para a terra natal junto com a esposa. No ônibus, era uma alegria infindável. Até um cantor de improviso, cantarolava uns versos sobre a volta da água e da chuva no nordeste.

Na primeira parada do ônibus, Severino foi perguntar ao motorista quanto tempo faltava para chegar ao Ceará. Qual foi a surpresa? O motorista era o agiota da porta da fábrica, e tinha um olhar nervoso, que mais parecia duas balas de trinta e oito e estavam prestes a saltar em direção ao coração do nordestino.

-          Acorda homem! – sua mulher sacode-o ao perceber sua agitação na cama.
-          Tenho que pagar aquele cabra – exclamou ele.
-          Homem de Deus, pagar quem?
-          O agiota da porta da fábrica.
-          Que pagar nada! Aumenta a dívida e diz para ele que eu estou adoentada.

Ele esfregou os olhos e abraçou-a.

-          Êta mulher arretada! Eu te amo, bichinha.

O amor é a fonte que alimenta e sustenta as privações e provações. Só a fé e o amor para transbordar os rios da vida e salpicar de gotas serenas as terras áridas do país. Severino encontrou forças para encarar um novo dia.




Prof. Jaci Alvarenga


Nota: Extraído do livro de Banco de Rodoviária - Contos e Causos, 2001 do autor (não publicado)

 
 

sábado, 14 de maio de 2011

NOS TEMPOS DE TAYLOR NOS DIAS ATUAIS - PARTE I

- Ô Paraíba. Gritou, lá do fundo do galpão, o supervisor da seção de trefila.
- Fala, chefia. Respondeu Severino.
- Aumenta a velocidade da máquina, que preciso fechar a produção do dia.

Severino, cearense cabra macho, soltou um impropério enquanto girava o botão de velocidade. O calor estava insuportável. Ele olhou o termômetro fixado na viga ao lado. O ponteiro estava parado em quarenta graus. O barulho da máquina era ensurdecedor. Ele recolocou o protetor de ouvidos, senão, dali a pouco, o técnico de segurança viria pegar no seu pé.
A máquina ia cuspindo bobinas de arame. Parecia uma metralhadora que dispara carretéis de linha de aço. Severino consultou o relógio. Faltavam trinta minutos para o jantar. Ele trabalhava no turno das seis até as quatorze. Neste dia ele  estava dobrando de turno para aumentar a renda familiar. O tempo parecia que não andava. Nem sinal do companheiro que iria rendê-lo.
- E aí Paraíba! Esta gerigonça não deu problema?
- Até que enfim, cabra da peste. Tô com uma fome danada!
- Fica maneiro porque tô na área. Deixa comigo que o couro vai comer. Vá com Deus e Nossa Senhora.
- Até amanhã, Pedrão. Cuide-se, hein!

Severino dirigiu-se ao vestiário e lá encontrou um bando de homens pelados. Jogou o seu macacão num canto e um cheiro forte de suor ficou  no ar. Tomou uma ducha fria, trocou de roupa e dirigiu-se ao refeitório dos peões.
Na fila do bandejão a gozação em cima dele era ferrenha.
- Ô Paraíba. Num tô vendo a sua cabeça. Só vejo a montanha de arroz.
- Ô Paraíba, deixa um pouco para nós.

Severino sentou num canto e, avidamente, foi descendo a serra que aliviava a barriga. De um lado, a faca aparava a mistura e, do outro, o garfo recolhia a comida e a impulsionava pela goela abaixo.
- Severino, o cara vem aqui amanhã para receber a grana – comentou o Beto Carioca.
- Oh! Xente Betão! Tinha me esquecido do desgraçado. Tô sem dinheiro para pagar os juros. Cê num pode me ajudar?
- Severo, a coisa tá preta. Tô vendendo o almoço para pagar a janta.

   Severino amoleceu os movimentos dos talheres e ficou ruminando idéias. Como ia pagar o agiota?

-  Não fica amuado, filho de Deus. Para tudo neste mundo, existe solução. Vai para casa, bota a cabeça no travesseiro que você vai encontrar uma saída.
-  É isso aí. Betão, só você para levantar o meu astral.

Despediu-se do companheiro e rumou para o ponto de ônibus. O relógio marcava dezoito horas e quarenta minutos. O ônibus apontou lá na entrada da avenida e o povo ansioso se acotovelou na cobertura do ponto. Devia ter uns trinta passageiros para o embarque. O ônibus já vinha lotado. Severino entrou no bolo da massa humana e, quando percebeu, tinha atravessado a roleta. Acotovelou-se ao lado de um banco, segurou o balaústre e resignado, aguardou a arrancada da condução.

Continua na próxima semana...


Prof. Jaci Alvarenga

Nota: Extraído do livro de Banco de Rodoviária - Contos e Causos, 2001 do autor (não publicado)

terça-feira, 3 de maio de 2011

DICA DE LIVROS

Leander Kahney, no livro, A Cabeça de Steve Jobs, discorre as lições do líder da empresa mais revolucionária do mundo.

Kahney diz que “é difícil acreditar que um único homem tenha revolucionado a informática nos anos 1970 e 1980 (com o Apple II e o Mac), o cinema de animação nos anos 1990 (com a Pixar) e, mais recentemente, a música digital (com o iPod e o iTunes). Foi o que fez Steve Jobs, co-fundador e presidente da Apple. Não é à toa que conquistou milhões de fãs ardorosos no mundo inteiro”.

Título: A Cabeça de Steve Jobs
Autor: Leander Kahney
Copyright. 2008. Rio de Janeiro. Agir Editora Ltda.

Carmine Gallo, no livro, Faça como Steve Jobs e realize apresentações incríveis em qualquer situação, diz que “cativar o público durante uma apresentação é o momento crucial que define o sucesso ou o fracasso de um projeto”.

Título: Faça como Steve Jobs e realize apresentações incríveis em qualquer situação
Autor: Carmine Gallo
Copyright. 2010. São Paulo. Texto Editores Ltda


Prof. Jaci Alvarenga

NOTA: Não possuo nenhum tipo de vínculo com autores e editores.

A HISTÓRIA DO PRIMEIRO COMPUTADOR

Acessem o site:

“O presente, assim como a nota musical, nada seria se não pertencesse ao que passou e ao que há de vir”. W.Savage Landor


Prof. Jaci Alvarenga