sexta-feira, 18 de março de 2011

LEALDADE, VIRTUDE DA ÉTICA

As aves e os outros animais resolveram declarar guerra entre si. Às vezes, as aves surpreendiam os animais em plena luz do dia, lançando-se sobre eles, e ganhavam a batalha. Em outras, os animais as surpreendiam quando elas pousavam no chão à procura de alimento, e venciam. A briga estava bem equilibrada.

Havia, contudo, um animal que nunca perdia batalha nenhuma, pois sempre estava mudando de lado: o morcego. Apoiando-se em sua condição de bicho voador, lutava ao lado das aves até que elas estivessem quase perdendo, então, passava a defender os animais. Quando estes estavam próximos da derrota, tornava a apoiar as aves, e assim por diante.

Um dia, a guerra finalmente chegou ao fim: aves e animais resolveram viver em paz. O morcego ficou animadíssimo. “Agora serei recompensado”, pensou. “Como ajudei todo mundo, as aves e os animais devem me achar o máximo.” No entanto, o morcego mal pôde acreditar: nem as aves nem os outros animais quiseram saber dele.

- Você é um traidor – disseram todos – Não é leal a ninguém além de si mesmo, só age em seu próprio interesse e desapontou os dois grupos rivais.

Daquele dia em diante, o morcego foi deixado de lado e ignorado tanto pelas aves quanto pelos animais.

MORAL DA HISTÓRIA

Quem vive mudando de lado conforme seus interesses pessoais dificilmente merecerá confiança de alguém, e terminará ignorado na organização.


Prof. Jaci Alvarenga

*Fonte: Range, A: Fábulas de Esopo para Executivos (2006: p. 34)

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