sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Charuto cubano - saiba mais...



FRAGMENTOS DO MEU LIVRO
 



Uma “canja” do meu livro Charuto cubano.
Sobre literatura
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CASTRO – E aí, Oliveira, qual é a sua opinião sobre a literatura? Estávamos aqui comentando sobre  Servos Modernos do Pena (suspende a cabeça apontando o Pena Filho).
OLIVEIRA – No meu modo de ver, a literatura é uma fotografia, digamos, é um olhar crítico da linha de um tempo vivido pelo autor. Dostoievsky acertou quando afirmou que a literatura, além de ser um espelho das paixões, é um vasto documento humano. Claro está que o russo não navegava, ele mergulhava no âmago do ser humano. Enfim, a literatura é um processo educativo. Agora, sobre o seu livro (dirige o olhar para Pena Filho), em minha modesta opinião, você testifica fatos da nossa época. Isso é grandioso, pois creio eu ser o papel de um escritor.
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Sobre o golpe
OLIVEIRA – E aí, Tião, esteve na passeata contra o governo?
TIÃO – Ô, Oliveira, meus parentes têm bolsa família, comprei minha casa e a minha vida melhorou. Tô fora de passeata. Você, por acaso, viu preto e pobre nas passeatas? Isso tá me cheirando a golpe. Mestre Oliva, rico não admite trabalhador no poder. Não tenho estudo, mas enxergo longe. A fome e a mendicância foram a minha escola. Esses branquelos ricos acham que enganam o povão. Se derrubarem a Presidenta, vamos comer o fígado deles. Falo mesmo, pois nessa roda só tem cabeça boa. Bom, acho que abri demais o bico... Vou buscar uma gelada.
AYRAM – Não está cheirando, Tião, é golpe.
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Sobre política
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OLIVEIRA – Também duvido, Vladimir! Quem vive ao lado do temor nunca será livre. A Presidenta, se conhecesse o Maricá, não estaria nesta barca furada. O marquês, certa ocasião, afirmou: Quem confia em traidores, a si próprio se atraiçoa.
CASTRO – Traidores, meus amigos, são anódinos e oportunistas, e só se revelam no final da fita. Só muda o tempo. Basta voltarmos à época dos golpes de estado. A história registra tudo, tudo... Ela é impiedosa. Foi o caso do Elevador Carioca. Aquele era um incendiário de marca maior, tipo Cícero, ora de um lado, ora do outro, em busca de um consulado.
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PENA FILHO – Meus amigos, apesar de tudo, ainda acredito no país. Urge uma revolução silenciosa e não estamos longe dela, penso eu. É preciso reconstituir a nossa nação.
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CASTRO - Acham que quem pita um charuto cubano é retrógrado. Ideias velhas! Eles hão de ver o futuro do mundo capitalista...

Bom, é isto! No final, tem uma surpresa metafísica.
 
Jaci Alvarenga – Escritor e Professor

Vendas:
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terça-feira, 13 de junho de 2017

Charuto cubano - novo livro no mercado


CHARUTO CUBANO

Meu 4º livro chega ao mercado.



Charuto cubano surgiu de uma simples ideia: descrever colóquios de um grupo social. A escolha dos assuntos recaiu sobre o quadro político do país, além de outros temas que necessitam de um debate mais amplo por parte da sociedade, tais como: corrupção, evergetismo, cultura, alcoolismo, violência doméstica e cinismo social. Desenvolvi a obra através da reprodução de conversas das personagens sobre estes assuntos. Pareceu-me mais fácil transpor a narrativa, inicialmente em prosa, para diálogos, similar ao estilo das peças teatrais. Portanto, reforço com a seguinte explicação: não sou dramaturgo e pouco entendo desta forma de arte. Simplesmente criei um argumento, imaginei as cenas e inseri as palavras nas falas de cada personagem. Em suma, esta obra não se destina à realização teatral.

Charuto cubano é um livro que discorre sobre problemas do país, do mesmo modo quando participamos de discussões em um grupo social. A diferença, aqui, diz respeito à homogeneidade do grupo em suas convicções políticas e sociais. O livro reproduz a realidade do sujeito diante da vida, por assim dizer, pois os indivíduos discutem tudo o que ouvem e leem, cada qual com seus pontos de vistas, sejam eles convergentes ou divergentes. Sob essa perspectiva, o cenário escolhido para o desenvolvimento da obra foi um bar. Nele expelem-se alegrias, amarguras, sonhos, realidades e indignações. Ademais, torno a refletir sobre as questões metafísicas, sobretudo para tremeluzir os mistérios da espiritualidade, permitindo ao leitor vislumbrar o que está debaixo deste véu tão incógnito.

Conheçam os novos apelidos dos "políticos": 4 Vogais, Unha Encravada, Zé do Norte, Temeroso, Serrinha do Pascoal...

Jaci Alvarenga
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