quarta-feira, 28 de setembro de 2016

SERVOS MODERNOS - LITERATURA REALISTA

LIVRO SOCIAL-POLÍTICO – FRAGMENTOS DE SERVOS MODERNOS – revolucionários silenciosos
Leitores, 
Apresento-lhes fragmentos do conteúdo do meu novo livro, Servos modernos - revolucionários silenciosos, (Editora Multifoco) para que vocês tenham uma visão da proposta de uma literatura realista.
 "E os viventes? O coração do menino sentimental doía quando entrava naquelas casas, melhor dizendo, choças com paredes trançadas de taquara e recheadas de barro, tetos de sapé e chão revestido com excrementos de boi, a cera do pobre. Naquela prisão familiar, quarto era coisa de remediado; era um repartido com esteiras enroladas num canto e um catre de casal, separado por um pano sujo. A sujeira empesteava aquele ambiente sórdido..."

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"As barriguinhas protuberantes, as carinhas encovadas, os narizinhos melequentos e os cabelinhos encarapinhados retratavam as silhuetas de espantalhos de trapo, comedores de terra. Tão novinhos e totalmente destruídos na flor da vida. O sobrevivente transformava-se em um boneco arqueado, atarracado, mirrado, cabeçudo e com cara de fuinha, melhor dizendo, cara de rato. Crianças amareladas que nem juá, mais maduro do que verde. No semblante não existia olhar, e na cabeça, só minhocas, que devastavam a inteligência humana e a fome gerava uma doença mortal - a deficiência de aprendizagem..."

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"As mulheres eram feias demais, desdentadas, descabeladas e desconjuntadas. Escondiam-se das pessoas diante da vergonha da pobreza. Os peitos murchos e caídos se pareciam com um coador encardido, torcido e sem pó. Uma vida seca sem voz, pois o miserável não berra diante da fome; perante o sofrimento, são dóceis. A burguesia da indústria e da construção civil aguardava aqueles sobreviventes submissos. O servilismo só mudava de endereço..."

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"O operário e o campesino trabalhavam que nem boi de canga, e os descamisados eram que nem cães famintos fuçando as latas de lixo; os milionários viviam das gastanças e das especulações no mercado financeiro, sem mexer no próprio dinheiro; os políticos oportunistas se mantinham no poder pela retórica populista, e os burgueses assalariados aplicavam os ganhos na virada da madrugada..."

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Servos modernos demonstra que a escravidão continua presente nestes novos tempos.
Jaci Alvarenga, escritor e professor.
Vendas/Sales:
https://editoramultifoco.com.br/loja/product/servos-modernos-revolucionarios-silenciosos/
Present them fragments of the content of my new book.






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