A
EDUCAÇÃO E OS TIGRES[1]
Era
uma vez uma tribo da pré-história que vivia um apogeu no seu desenvolvimento e
que era orgulho dos seus clãs. A alimentação básica da tribo era carne de
tigres de dentes-de-sabre.
O
currículo das escolas desta tribo era ensinar a caçar tigres de dentes-de-sabre,
e como prepará-los na culinária. Evidente que em diferentes idades e séries o
currículo era adaptado e dosado na arte da carne desta espécie tão apreciado.
Disto dependia a sobrevivência de todos.
Com
os anos, décadas e, alguns falam, séculos, os tigres dentes-de-sabre forma se
extinguindo. Cada mais as dificuldades de caça foram aumentando, e o declínio
da tribo se acentuando. A fome, como todo o rastro de destruição, passou a ser
realidade permanente no meio daquele povo.
Foram
convocadas várias reuniões e assembléias para se debater o problema. Um impasse
ficou evidente: alguns queriam que se mudasse o currículo escolar; ele devia
ensinar novos métodos, para novas caças nas escolas. Assim poderiam ser
vencidos os problemas da fome. Outros não admitiram nenhuma mudança, pois a
tradição sagrada não podia ser mudada: caçar tigres dentes-de-sabre.
A
discussão perdurou por muito tempo, até que, com a extinção dos tigres dentes-de-sabre,
a tribo também se extinguiu.
Esta parábola faz pensar e provoca
reflexões. Tenho fé de que o nosso grandioso país ainda será referência em
educação.
Abraços,
Prof. Jaci Alvarenga Theodoro Filho
[1]
Fonte: ANDRADE, D.A; GONÇALVES, A.M.; Palavras encantadas. Gráfica e Editora O Lutador.
BH. 2010
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