REVOLUÇÃO DO SÉCULO XX
No meu livro, Empreendedorismo:
dilemas, fatos, fachadas e os mistérios da vida, tive a feliz inspiração em
escrever sobre a importância da mulher no mundo empresarial. Assim,
apresento-lhes fragmentos do capítulo A Revolução do século XX.
Pensando em você, minha leitora, tive a ideia de
conversar com JP sobre a importância do papel da mulher nas organizações.
Quando toquei no assunto ele abriu um sorriso e disse:
- Durante a pesquisa acadêmica sobre os ofensores das organizações, para
minha
surpresa colhi um interessante depoimento de um
experiente empreendedor sobre a importância da participação da mulher nas
decisões empresariais.
- É mesmo!?
- Sim. Quando perguntei o que as pequenas empresas devem fazer para
ultrapassar o “abismo de Moore” e alcançar o mercado onde se encontra a maioria
dos consumidores ele me disse que tinha um sentimento de que muitas empresas
continuavam sem esta informação. Nesta situação, a tendência é cair
rigorosamente no “abismo” porque ele já havia caído anteriormente e demorara a
se recuperar do tombo.
- Interessante, muitos empreendedores de sucesso sucumbem na caminhada –
externei meu ponto de vista.
- É fato - completou.
...
Nesse momento, ele concluiu que o sucesso da
empresa depende da formação de líderes e que as mulheres são necessárias no
grupo.
-
Bacana! A mulher é muito intuitiva.
-
Sim, e é mais perceptiva que o homem. O homem está mais para as
ciências exatas e é muito afoito.
- Concordo com você, pois já aconteceu comigo mais de uma vez.
- Para o empresário, o homem simplesmente não analisa uma planilha,
enquanto a mulher pergunta: “O que é isto aqui?”. Ela tem um cuidado maior
porque sabe administrar várias coisas ao mesmo tempo no seu dia a dia; o homem
não. Ele se perde um pouco. Aí está a importância de se ter mulheres nos grupos
de discussões.
- Muito interessante esta visão do seu amigo empresário. Não é à toa que
obteve sucesso.
- E você, JP, qual é a sua opinião?
- Alinho-me com o meu amigo e acrescento que temos que nos conscientizar
da grande
verdade proferida no século passado pelo professor e economista Celso
Furtado de que “A
grande revolução do
nosso tempo não foi o marxismo, foi o feminismo”. A cada dia que
passa a emancipação da
mulher se torna uma realidade e elas vão conquistando seu
merecido espaço nesta
sociedade individualista e machista. Neste terceiro milênio,
paradigmas serão
quebrados e os tradicionais perfis de liderança sucumbirão à liderança
feminina. Elas são determinadas, ousadas e hábeis em agregar ideias e grupos em
torno
dos objetivos e do bem comum...
Enfim, G.E. Lessing estava com a
razão quando afirmou que “há coisas que
a mulher enxerga mais penetrantemente que cem olhos masculinos”.
Abraços,
Jaci Alvarenga Theodoro Filho - Escritor, Professor e Conselheiro Empresarial.
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